quinta-feira, 1 de julho de 2010

Aonde leva a ignorância?

Já cansei de ouvir e ler por aí que a mídia coroa a ignorância. Que é muito “melhor” ser gostosa que se inteligente, mas eu sempre me recuso a aceitar esse fato. Acredito que trabalho sério, com paixão e vontade supera o trabalho banal só pelo dinheiro, que uma conversa com conteúdo supera uma fofoca, que a elegancia supera a vulgaridade…

Mas a vida vive me dando dicas de que estou errada, estou sempre lutando contra os meus impulsos de aceitar e seguir o óbvio, de cair no banal e viver na mesmice! Não quero fazer concurso, não quero ganhar dinheiro por causa da minha bunda, evito que percebam minhas ignorâncias (todo mundo tem a sua), fujo das músicas de massa (das ruins claro!), evito viver de blockbuster, e ao contrário do que todos acham, fujo das revistas e sites de fofoca (leio as manchetes da globo e por isso tô sempre por dentro!), tento ler livros com a maior frequencia possível (procuro clássicos, best-sellers, autores em acensão), enfim, estou sempre tentando um estilo de vida que prove a minha crença de que a ignorância seja premiada!

Aí, acordo hoje e me deparo com mais um notícia sobre a tal Geisy Arruda. Não consigo entender como aquela pessoa deu tanto ibope, como que ela se mantem na mídia a tantos meses, como as pessoas ainda se dão o trabalho de noticiar tudo que ela apronta, como que investem tanto nela! É bateria de escola de samba, lançamento de coleção de moda, escrever livro (?!?!?!?!?!?!)… Como é que pode? Porque tem tanta gente boa precisando de espaço pra divulgar um trabalho de verdade e não consegue e essa mulherzinha baixa consegue o que quer? Aaaah não…

A notícia de hoje era sobre o processo contra a Uniban, ela pede 1 milhão de Reais de indenização e ainda solta a seguinte frase: “Não é uma questão de dinheiro, mas de justiça. Dinheiro nenhum no mundo vai apagar a dor que passei. Eu sou apontada até hoje como a garota do vestido, a meretriz da Uniban. Isso eu vou levar para sempre. Para mim é uma questão de superação”. Sério mesmo?! Essa foi a melhor coisa que aconteceu na vida dela, e ainda me pergunto se não foi planejada com antecedência. Duvido que ela foi a primeira mulher a aparecer naquela faculdade de mini saia. Enfim, quem me conhece tem uma idéia do que penso sobre ela e a mega exploração do “preconceito” que ela sofreu. Tadinha… Será que se tivesse mesmo sido um trauma ela continuaria andando de mini vestido rosa, roupa rosa e lançando coleção de mini vestidinhos rosas por aí?Para com isso…

Mas tudo isso, só prova que pra conseguir atenção, espaço e investimento não é necessário conteúdo, vergonha na cara ou coisa importante pra dizer, tudo isso é dispensável! Importante mesmo é bunda, falta de noção, um toquinho de vulgaridade e nenhum critério.

Apesar dessa conclusão, continuarei minha vidinha lutando mentalmente para não aceitar que esse é o único caminho. Acho que vou ali comprar um livro bem denso e tentar assistir um filme de arte! rs!

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